Dengue no Brasil e no Mundo: Um Desafio Global à Saúde Pública

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Você tem consciência que a Dengue no Brasil e no Mundo é uma das doenças infecciosas mais preocupantes da atualidade, principalmente em países tropicais como o Brasil? Por conta disso devemos estar sempre alerta para que o mosquito Aedes aegypti não se reproduza com facilidade.

Causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, ela afeta milhões de pessoas todos os anos em diversas partes do mundo, provocando surtos, sobrecarregando sistemas de saúde e, em casos graves, levando à morte.

O Que é a Dengue?

A dengue é uma doença viral causada por quatro sorotipos diferentes do vírus (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4). Uma pessoa pode ser infectada até quatro vezes ao longo da vida, uma para cada tipo de vírus. A cada nova infecção, os riscos de desenvolver formas graves da doença, como a dengue hemorrágica, aumentam.

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Os sintomas geralmente aparecem entre 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado e incluem:

  • Febre alta repentina
  • Dor intensa atrás dos olhos
  • Dores musculares e nas articulações
  • Náuseas e vômitos
  • Manchas vermelhas na pele
  • Cansaço extremo

Panorama Mundial da Dengue

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 3,9 bilhões de pessoas vivem em áreas de risco de infecção por dengue, abrangendo mais de 100 países. A doença é endêmica em regiões da Ásia, América Latina, África e Pacífico Ocidental.

Em países como Filipinas, Índia e Indonésia, a dengue é considerada uma das principais causas de hospitalização entre crianças. O crescimento urbano desordenado, o acúmulo de lixo e a falta de saneamento básico são fatores que facilitam a proliferação do mosquito vetor.

A Situação da Dengue no Brasil

O Brasil é um dos países mais afetados pela dengue no mundo. Em anos de epidemia, o número de casos ultrapassa facilmente 1 milhão. Em 2024, o Brasil registrou um recorde histórico de infecções, com mais de 3 milhões de casos prováveis, segundo o Ministério da Saúde.

Alguns fatores que contribuem para a disseminação da dengue no Brasil incluem:

Locais de difícil acesso para a Vigilância sanitária

Baixo índice de eliminação de criadouros domésticos

Clima tropical úmido, ideal para a reprodução do mosquito

Urbanização acelerada, sem infraestrutura adequada

Falta de conscientização da população

Estados como São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Goiás frequentemente lideram os rankings nacionais de incidência.

Malefícios da Dengue para o Ser Humano

Embora muitos casos sejam leves, a dengue pode causar sérios danos à saúde. As formas graves da doença, como a dengue hemorrágica e a síndrome do choque da dengue, exigem atendimento hospitalar urgente.

Principais complicações:

  • Hemorragias internas
  • Queda acentuada da pressão arterial
  • Desidratação severa
  • Disfunção hepática e renal
  • Risco de óbito, especialmente em crianças e idosos

Além disso, mesmo após o fim da fase aguda, é comum que os pacientes relatem fadiga extrema e dores articulares prolongadas, o que compromete a qualidade de vida e a produtividade.

Diagnóstico da Dengue

O diagnóstico da dengue pode ser feito por meio de avaliação clínica e exames laboratoriais, como:

  • Teste rápido de antígeno NS1 (detectável nos primeiros dias de sintomas)
  • Sorologia (IgM/IgG) para detectar anticorpos
  • Hemograma completo, para monitorar plaquetas e hematócrito

O acompanhamento médico é essencial para avaliar o risco de evolução para casos graves e definir o tratamento adequado.

Tratamento da Dengue

Atualmente, não existe um tratamento antiviral específico para a dengue. O tratamento é sintomático e deve ser feito com orientação médica.

Recomendações principais:

  • Hidratação intensa (água, sucos, soro caseiro)
  • Analgésicos e antitérmicos como paracetamol
  • Repouso absoluto
  • Acompanhamento médico constante

ATENÇÃO: Medicamentos como ácido acetilsalicílico (AAS) e anti-inflamatórios devem ser evitados, pois aumentam o risco de sangramentos.

Nos casos graves, pode ser necessário internamento para controle de plaquetas, hidratação venosa e monitoramento intensivo.

Prevenção: A Melhor Arma Contra a Dengue

A forma mais eficaz de combater a dengue é prevenir a proliferação do mosquito vetor. O Aedes aegypti se reproduz em água parada e limpa, por isso, a mobilização da comunidade é fundamental.

Medidas preventivas:

  1. Eliminação de criadouros:
    • Vedar caixas d’água
    • Esvaziar pneus, garrafas, vasos de planta
    • Manter ralos e calhas limpos
    • Trocar a água de plantas aquáticas regularmente
  2. Uso de repelentes e inseticidas:
    • Aplicar repelente no corpo, principalmente em áreas descobertas
    • Utilizar telas em portas e janelas
    • Instalar mosquiteiros
  3. Campanhas de conscientização:
    • Participar de mutirões de limpeza
    • Informar vizinhos e parentes
    • Denunciar focos de mosquito à vigilância sanitária
  4. Vacinação (novidade): Em 2023, a vacina Qdenga (Takeda) foi aprovada pela Anvisa para pessoas de 4 a 60 anos. Ela protege contra os quatro sorotipos e está sendo incorporada aos poucos ao SUS, começando por regiões endêmicas.

Iniciativas Governamentais e Desafios

O combate à dengue exige uma abordagem intersetorial, envolvendo saúde, educação, saneamento e meio ambiente. O governo brasileiro investe em campanhas como o “Dia D de Combate à Dengue” e programas como o “Brasil sem Mosquito”.

Porém, os desafios ainda são muitos:

  • Falta de recursos nas prefeituras
  • Descontinuidade de políticas públicas
  • Baixa adesão da população às medidas preventivas
  • Urbanização precária

A tecnologia tem sido aliada, com o uso de drones para identificar criadouros e aplicativos para notificação de focos do mosquito.

Dengue e Mudanças Climáticas

Estudos recentes apontam que as mudanças climáticas estão ampliando o alcance do mosquito Aedes aegypti, favorecendo sua adaptação a novas regiões. O aumento das temperaturas e o prolongamento do período de chuvas criam ambientes mais favoráveis à reprodução do vetor.

Cidades que antes estavam fora da zona de risco agora registram surtos. Isso exige vigilância constante e adaptações nas estratégias de combate à doença.

Conclusão

A dengue no Brasil e no Mundo é um problema de saúde pública que exige atenção permanente e ações integradas. A prevenção ainda é a melhor forma de combater a doença, e cada cidadão tem um papel importante nesse processo. Cuidar do ambiente, eliminar focos do mosquito e buscar atendimento médico logo nos primeiros sintomas são atitudes que salvam vidas.

No Brasil e no mundo, o combate à dengue depende de educação, conscientização, responsabilidade coletiva e investimento público. A saúde começa em casa, no quintal, no vizinho — e juntos podemos vencer esse inimigo invisível.

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